A agressão sofrida pelo deputado capixaba Messias Donato (Republicanos) na Câmara Federal, nesta quarta-feira (20), levou o caso à Procuradoria Geral da República (PGR). Donato levou um tapa no rosto do seu par Washington Quaquá (PT-RJ) durante a promulgação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma Tributária, quando se manifestava contra o presidente Lula.
O responsável pela notícia crime contra o petista foi o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). O crime apresentado à PGR é previsto na Lei de Contravenções Penais: Artigo 21. Bilynskyj também afirmou que está sendo preparada uma denúncia contra Washington Quaquá no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Segundo o parlamentar disse ao site Poder 360, o ato praticado por Quaquá seria “um absurdo e um desrespeito ao Congresso e aos eleitores que nós representamos. Trata-se de uma ação penal pública incondicionada e que levaremos adiante para que o deputado petista seja devidamente punido”, declarou o congressista.
Choro
Após ser agredido, o deputado Messias Donato, de orientação religiosa evangélica, discursou no plenário da Câmara, quando, aparentando estar muito abalado emocionalmente, não conseguiu segurar o choro. Ele foi confortado por parlamentares que estavam ao seu lado.
“Comigo a porrada canta”
“Dei uma, dou duas e dou três, não tem problema nenhum. Se me agredir, eu agrido eles. Os bolsonaristas estão acostumados a querer dar uma de machão e bater nos outros. Comigo a porrada canta”. Com estas palavras, o deputado Washington Quaquá justificou sua atitude contra o deputado capixaba.
O parlamentar disse ainda, em entrevista à Carta Capital, não tolerar o comportamento dos bolsonaristas contra Lula. “Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultradireita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”.