Hoje, domingo chuvoso, amanheci escutando Adoniran Barbosa. Manhã rica, com ritmadas crônicas cantadas, relatando fatos cotidianos. Noivado interrompido com Iracema, atropelado pelo destino desatento. A réiva da porta fechada do desencontro com Arnesto. O namoro despedido pelo trem das onze e zelo com o sono da mãe.
A triste e presenciada demolição da saudosa maloca. A aliança feita com a corda do cavaquinho como prova de carinho a mulher amada e por aí vai. O anúncio do dia a dia carregado de tragédias, leveza e bom humor.
Soluções caseiras, simples e resignadas do saber viver. Cantando, espantamos os males. Sensibilizado, fecho os olhos agradecidos à Deus por encontrar esse Demônio da Garoa que veio molhar minha manhã de saudosas canções.
Obrigado, Adoniran!
