A insensibilidade fria e presunçosa, olha irada o seu umbigo. Com dois ouvidos para escutar, dois olhos para enxergar e duas narinas para cheirar, sem tato, com uma boca sem paladar, não ouvi e não deixa ninguém falar. Sem olhar, sentir e escutar pouco sabe e pouco abraça. Mal educada, não conhece a grandeza de respeitar e amar. Mesquinha e mentirosa anda de mãos dadas com a miséria.
Na Europa, no século XIX, sem aguçar os sentidos, o fanático Hitler pregou a purificação e difusão da raça ariana. Para ele, pessoas de cor clara, altas e bem-dotadas fisicamente, eram superiores e privilegiadas. Hoje, a elitizada “raça ariana”, desumana e blindada, mora dentro da caixa do moralismo. O Apartheid social preconceituoso, sem pontes, pretos, pobres, deficientes e homossexuais, constrói seus campos de concentração excludentes. Discriminado e sem ser amado, o amor faminto pede acolhimento e respeito.
