Por Dom Luiz Fernando Lisboa
A morte do Santo Padre, o Papa Francisco, mergulha a Igreja em um tempo de luto e de esperança. A Sé de Pedro está vacante, e todo o Corpo de Cristo, espalhado pelo mundo, é convocado ao silêncio orante, à vigilância espiritual e à súplica confiante ao Espírito Santo.
Este é um tempo de Cenáculo. Como os primeiros discípulos, somos chamados a entrar no espírito da espera e da invocação, reunidos com Maria, Mãe da Igreja, Senhora do Amparo, para pedir: “Vem, Espírito Santo!” Não rogamos por um líder qualquer, mas por aquele que o próprio Deus deseja como Pastor universal da sua Igreja.
Convido, portanto, cada fiel da nossa Diocese de Cachoeiro de Itapemirim — em sua casa, no local de trabalho, nas Comunidades Eclesiais de Base — a viver este período de Sé Vacante como tempo de oração intensa e perseverante. O Papa que a Igreja precisa não é fruto de conveniências humanas, mas de discernimento espiritual. E isso só é possível se estivermos unidos na oração.
Peço aos presbíteros, aos diáconos, religiosos, religiosas, seminaristas, leigos e leigas que incluam, nas missas, reuniões, encontros e nas orações em família, intenções específicas pela eleição do novo Sucessor de Pedro. Que as famílias consagrem seus lares ao Espírito Santo. Que os jovens organizem vigílias. Que cada pastoral ou movimento promova momentos de silêncio, adoração e recitação do Terço.
A eleição do novo Papa é dom do alto, mas também responsabilidade nossa, como povo de Deus. Devemos suplicar não por um Papa que nos agrade, mas por um Pastor segundo o Coração de Cristo, que saiba confirmar os irmãos na fé, promover a unidade e conduzir o rebanho pelas sendas do Evangelho.
Permaneçamos no Cenáculo. Com Maria. Em oração. Com fé. O Espírito Santo não abandona a Igreja. Ele a conduz.
